Espécies de madeira - Sapelli

Sapelli


Nomes Científicos: Entandrophragma cylidricum Sprague

Família: Meliaceae


Origens (mais comuns): Camarões, Costa do Marfim, Congo, Zaire, R.C.A.

Nomes (mais comuns): Sapelli

Borne:O borne é bem distinto, cinzento rosado a esbranquiçado e na madeira em toro ocupa uma espessura de 4 a 8 cm.

Cerne: O cerne apresenta-se castanho avermelhado com reflexos dourados ou de vermelho escuro a castanho púrpura.

Veio/Fio: Contrafio ligeiro; O fio é espiralado

Grão: Fino a médio

Textura: Fina, anéis de crescimento bem diferenciados

Aroma: Têm um odor característico e por vezes pode exsudar goma.


CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS
Madeira semi-dura, pesada, resistente e rígida. A serragem é fácil recomendando-se que se vire o toro para diminuir a influência das tensões internas. A velocidade de secagem é normal, as peças radiais têm uma secagem muito mais lenta. Possui aptidão para a produção de folha por desenrolamento e corte plano. A colagem e o acabamento não apresentam quaisquer problemas.


PROPRIEDADES FÍSICASDensidade / Massa Volúmica (12% H): 640-650-700 Kg/m3


Coeficientes de Retracção:

Volumétrica: 13,1 %
Tangencial: 7,2-7,8 %
Radial: 5,0-5,3%


Dureza (Monnin): 3,9 – semi dura

PROPRIEDADES MECÂNICAS
Flexão Estática: 85-142 N/mm2
Flexão Dinâmica: 3,3-6,7 J/cm2
Compressão Axial: 50-62 N/mm2
Compressão Perpendicular: 11,5 N/mm2
Módulo de Elasticidade: 10300-13800 N/mm2
Força de Corte: 7,5-14,0 N/mm2

Transformação
Acabamento: Bom
Aparafusamento: Bom

Colagem: Boa

Encurvamento: Dificil

Maquinação: Dificuldades devido ao contrafio

Pregagem: Boa

Secagem: Média a rápida, riscos de deformação elevados mas de fendas mínimos


Serragem: Fácil, com efeito desafiante mínimo

Folha: Interessante em corte plano ou desenrolada



APLICAÇÕESCarpintaria exterior; Construção Naval; Contraplacados; Folheados; Pisos; Gabinetes; Revestimentos interiores; Juntas; Brinquedos; Instrumentos musicais; Escadarias; Painéis decorativos; Lambris; Marcenaria de decoração; Mobiliário de interior e exterior; Parquets de uso corrente; Placagem.

OBSERVAÇÕESEm costaneira, os raios irregulares são bem visíveis. Susceptível ao azulamento quando em contacto com metais ferrosos. Descolora com o ferro. Por vezes apresenta secreções de gomas. O principal “defeito” desta madeira é a existência de grãos.


Formas de Comercialização: Toro Bruto, Toro Serrado e Prancha
Durabilidade: Durabilidade natural média
Conservação: Má impregnação, grande resistência a fungos

Espécies de madeira - Pinho Marítimo

A madeira é natural, simples e confortável. É um material intemporal adequando-se tanto a soluções mais arrojadas e contemporâneas, como à recuperação e aplicação em casas tradicionais. Pode ser usada tanto em interiores como no exterior, na própria construção como no mobiliário e decoração. É um acabamento muito interessante, podendo ser usado em soalhos, caixilhos, portas, paredes, tectos, na bancada de cozinha, no escritório, etc.


Uma das questões que primeiramente se deve ter em conta, é se a madeira que se está a comprar não provém de zonas florestais ou terrenos indígenas em vias de extinção. Se comprar madeiras tropicais, confirme se é certificada por um organismo estatal e tem o selo de aprovação. O melhor será mesmo usar madeiras de reflorestação. A qualidade não é inferior e a Natureza agradece. A escolha da madeira deve relacionar-se com a função que esta vai cumprir (pavimento, escadas, janelas,...)

Contudo existem madeiras não exóticas muito utilizadas, embora não possuam as mesmas propriedades, como por exemplo o pinho nacional ou pinho maritimo.

O Pinho é uma madeira macia clara que se torna amarela-dourada depois de tratada com verniz. É muito económica, mas não deve ser submetida a um grande desgaste, uma vez que é muito macia e poderá riscar facilmente.

O pinheiro-bravo (Pinus pinaster) é uma espécie de pinheiro originária do Velho Mundo, mais precisamente da região da Europa e Mediterrâneo.


MorfologiaÉ uma árvore média, alcançando entre 20 a 35 metros. A copa das árvores jovens é piramidal, e nas adultas é arredondada. O tronco está coberto por uma casca espessa, rugosa, de cor castanho-avermelhada e profundamente fendida. A sub-espécie mediterrânica tende a possuir casca mais espessa, que pode ocupar mais de metade da secção do tronco. As suas folhas são folhas persistentes, em forma de agulhas agrupadas aos pares, com 10 a 25 centímetros de comprimento. Tem uma ramificação verticilada, densa, os ramos quando são jovens são muito espaçados e amplos.
Tem floração monóica, ou seja as flores masculinas e femininas estão reunidas num mesmo pé. As suas flores masculina estão dispostas em inflorescências douradas, com forma de espiga, agrupadas lateralmente nos ramos longo do terço inferior dos raminhos novos; e as flores femininas estão dispostas em inflorescências terminais. A sua floração começa em Fevereiro e acaba em Março.
As pinhas ou cones, com entre 8 a 22 cm de comprimento por 5 a 8 cm de largura, simétricas ou quase simétricas, são castanhas claras e brilhantes quando maduras. Amadurecem no final do Verão do segundo ano e libertam numerosas sementes com uma asa, vulgarmente designada por pinhão.
Localização e distribuição
É originária do Sudoeste da Europa e Norte de África. Tem uma distribuição muito espalhada pela bacia mediterrânica, localiza-se nos litorais atlânticos da Península Ibérica e de França.

Em Portugal era primitivamente uma espécie espontânea na faixa costeira sobre solos arenosos a norte do Tejo, onde encontra as condições fitoclimáticas ideais: humidade atmosférica e influência atlântica, mas actualmente, devido à acção do homem está presente por todo o País, existindo abundantes localizado nos extremos no Norte e Centro (distritos de Viseu, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Santarém), que com uma superfície de 812 000 hectares plantados, representam 62,5% da área total do pinheiro em Portugal; penetra até Trás-os-Montes e Beiras, e na faixa litoral desde o Minho até à Península de Setúbal.
Na Ilha da Madeira, o pinheiro-bravo representa 70% da área plantada.
Utilização em PortugalEssência florestal de grande interesse económico foi abundantemente plantada pois proporciona uma grande produção de madeira, protege contra o vento, e devido ao seu enraizamento radical aprumado e profundo como fixador de dunas, além de permitir a recuperação de solos pobres e erosionados. A madeira, resinosa, clara, avermelhada ou castanho-avermelhado, com abundantes nós é durável, pesada e pouco flexível, então é utilizada em mobiliário, postes, cofragem, caixotaria, aglomerados, carpintaria, construção naval, combustível e celulose. Extrai-se a resina, para ser usada na indústria de tintas, vernizes e aguarrás. A casca do tronco é rica em tanino e é usada no curtimento de peles.
Actualmente, o Pinheiro representa cerca de 40% da área florestal, ou seja 1 300 000 hectares em todo o País, quer em povoamentos puros, quer em mistos dominantes. Todavia, exige-se hoje uma gestão mais cuidada do pinhal, a fim de garantir um melhor rendimento de exploração.


Pino Marítimo
Nome Científico: Pinus pinaster Ait. Española: Pino marítimo; P. Gallego ; P. resinero



Propriedades Físicas:

Densidade aparente a 12% de humidade: 530 kg/m3 – semi leve

Estabilidade dimensional: Coeficiente de contração volumétrico: 0,45%. - Relação entre contrações: 2,82 % - pouca tendência a atejar

Dureza (Monnin): 2,45 – semi leve



Propriedades Mecânicas:

Resistência a flexão estática: 795 kg/cm2

Módulo de elasticidade: 74.000 kg/cm2

Resistência a compressão: 400 Kg/cm2

Durabilidade: Pouco durável

Mequinação e Serragem: Fácil, salvo se possuir um excesso de resina;
Secagem: Fácil e rápida. Pequeno risco de fendas e deformações;
Parafusagem: Problemas se existir excesso de resina;
Acabamento: Problemas quando existe resina. Convém aplicar um fundo que homogenize a madeira


Empregabilidade

Alburo ou Borne:
Empregabilidade e Durabilidade: Pouco ou não empregável;

Descrição Madeira Alburo: Branco amarelada
Duramen: Amarelo alaranjado
Fibra: Reta
Grão: Gruosso a médio

Aplicações: Carpintaria Interior, Móveis de Interior, Painel contra-placado, Madeira Laminada, placa Decorativa

Tipo de Madeira: Coníferas

Folha

Este material é obtido através da operação de faqueagem dos toros em lâminas de espessuras entre os 0,5 e 0,7 mm.
Permite obter de uma forma económica o mesmo efeito estético da utilização da madeira maciça, mas não o mesmo efeito mecânico.
As principais utilizações da folha são o revestimento de painéis de aglomerado ou MDF, bem como o fabrico de portas e de móveis.


Prancha


A madeira em prancha é a forma por excelência para a stockagem de madeira em armazém. Existem em stock permanente cerca de 70 espécies, que são renovadas diariamente.
A qualidade é objecto de um sistema de classificação, de acordo com critérios internacionais (ATIBT ou NHLA): dimensões, rachas, borne, furos de parasitas, empenos, coloração, nós, etc. Estes índices variam conforme os mercados de origem.
As empresas possuem regularmente em stock, bitolas pré-dimensionadas para fins específicos: aduelas, degraus, rodapé, régua para soalhos, balaústres, travessas de caminho de ferro, etc.


Toros


Os toros em bruto são comprados directamente nas florestas dos respectivos países de origem, onde cada toro é cuidadosamente inspeccionado.
Os principais mercados abastecedores são a Europa, a África e a América do Norte. Estão disponíveis no mercado português cerca de 50 espécies.
Os toros são serrados em bitolas standard – 27, 35, 40, 55 e 80 mm, que normalmente são deixados a secar em parque ao tempo; podem igualmente ser serrados a pedido específico do cliente.

A diversas empresas possuem estufas que permitem secar artificialmente a madeira para os valores de humidade ideais para o nosso clima (12% - 14%).