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IKEA vai criar 10 mil postos de trabalho em Portugal

O grupo IKEA vai investir em Portugal 1,1 mil milhões de euros até 2015, duplicando o investimento que previam em 2008 e criando 10 mil postos de trabalho.


"Este investimento de 1,1 mil milhões de euros determina a vontade da IKEA em continuar e em reforçar o investimento em Portugal", disse o responsável pela expansão do grupo sueco IKEA em Portugal, António Machado, em entrevista exclusiva à Agência Lusa.

O plano de investimento em Portugal até 2015 foi actualizado e em vez dos 660 milhões de euros de investimento anunciados em maio de 2008, o IKEA vai aumentar o investimento para 1,1 mil milhões de euros.

"Queremos abrir em Portugal um total de sete lojas IKEA, mais três centros comerciais, nomeadamente o "Mar Shopping" em Matosinhos e Centro Comercial Regional do Algarve, um retail park em Gaia e pôr a funcionar até final deste ano três fábricas Swedwood, um sub grupo do IKEA que fabrica móveis", explicou António Machado.

A quase duplicação do investimento representa um aumento de postos de trabalho diretos que passa de 4 500 previsto em 2008 para os seis mil postos de trabalho directo e mais quatro mil postos indirectos, somando cerca de 10 mil postos de trabalho.

Depois de abrir a loja em Alfragide em 2004 e de Matosinhos em 2007, o IKEA em Portugal estima inaugurar a terceira loja em Loures este verão de 2010.

Uma quarta loja IKEA vai abrir em Gaia, com um retail park, tendo já sido assinado um protocolo com a Câmara Municipal de Gaia, disse António Machado, admitindo que já têm o terreno e que o projecto "está a avançar muito bem".


No sul de Portugal, o IKEA pretende abrir uma única loja com o Centro Comercial Regional Algarve junto ao nó Loulé/Faro, a zona que o grupo sueco defende como a que tem "maior visibilidade e mais acessibilidades".

Na parte industrial, o IKEA recorda que a primeira fábrica Swedwood está a funcionar a 100 por cento em Portugal, a segunda unidade fabril iniciou a produção no início deste ano e a terceira começa a produzir no final do ano.

As três unidades estão espalhadas em cerca de 165 mil metros quadrados e representam um investimento total 135 milhões de euros, dando emprego a mais de mil pessoas, acrescenta.

Ao desenvolver a parte industrial em Portugal, o grupo sueco garante e através de um entendimento assinado com o Governo, o IKEA compromete-se a comprar produtos portugueses para vender nas suas 304 lojas espalhadas pelo mundo.

"Só para este ano o IKEA prevê comprar 100 milhões de euros em produtos portugueses, nomeadamente através das fábricas Swedwood (móveis), mas também porcelanas ou sofás", exemplificou aquele responsável.

António Machado explicou que é importante para o IKEA ter produtos confeccionados nos países onde se inserem as lojas, não só para baixar os custos à empresa, mas também aos clientes.

in  Jornal de Noticias Online
2010-03-10

Uma receita de preservação ambiental - Compósito Madeira-Cimento

O que pode fazer para ajudar a preservar o meio ambiente? Pegue num problema socioeconômico, como os altos custos de construção de casas populares, e misture com investigação científica voltada para propor soluções para as questões ambientais. Com essa receita na cabeça, pesquisadores da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará produziram novos materiais que usam residuos das indústrias madeireiras e cerâmicas como matéria-prima para a construção.


"Estimamos que a construção civil seja responsável por até 50% do uso dos recursos naturais em nossa sociedade. Por outro lado, temos processos que beneficiam de diversas substâncias, como o metacaulim e a madeira, que produzem muitos resíduos sem utilidade alguma e representam uma ameaça ambiental. A possibilidade de conquistar uma proposta que tente solucionar dois destes problemas, ao mesmo tempo, certamente deve ser comemorada. Com o tempo, teremos menos necessidade de extrair argila e de abater árvores graças ao desenvolvimento de pesquisas que criem e aperfeiçoem novos materiais", defende o professor Dênio Ramam, do curso de Engenharia Civil.

Mistura de madeira e cimento


Problema: Indústria madeireira aproveita, apenas, 41,5% dos toros, o resto é deitado fora.

Solução: Utilizar os resíduos de madeira para produzir betão, revestimentos, pisos, forros e mobiliário.



Todos os anos, grandes quantidades da madeira retirada das florestas vai parar no lixo. Estima-se que se consuma, anualmente, onze milhões de metros cúbicos desse material, mas o rendimento médio do processamento de um toro é de, apenas, 41,5%. Isso significa que, a cada árvore derrubada, metade do seu peso se converte em tábuas, placas e madeira serrada. Já a outra metade, composta por cascas, galhos, serragens e pedaços disformes de madeira, não é aproveitada. Em 2004, seis milhões de metros cúbicos de madeira saíram das florestas directamente para o lixo. Como aproveitar essas “sobras” de madeira?

Madeira e cimento formam um par indispensável em todas as fases de uma obra: aquela se consagrou em forros e pisos, e este reina absoluto em paredes e vigas. Agora, imagine as possibilidades de um material que una a leveza e a maleabilidade da madeira com a resistência e a durabilidade do cimento? Esse produto chama-se compósito madeira-cimento.

A mistura de madeira e cimento é um dos poucos materiais à prova de incêndios e com propriedade de resitência acústica. Ideal para produzir divisórias, lajes, painéis isolantes, telhas e elementos pré-moldados mais resistentes, baratos e duráveis, e para a produção de betão e argamassa mais leve e fácil de transportar, o que facilitaria, por exemplo, a construção de estradas em locais mais isolados.

Mas esse casamento ideal não é tão simples assim de se obter. As fibras de madeira não podem, simplesmente, ser adicionadas a uma mistura de betão. Isso porque os vegetais acumulam líquidos, produzem açúcares e outras substâncias que são incompatíveis com o cimento. Ao secar, a mistura desfaz-se. Os pedaços de madeira soltam-se e o cimento fica repleto de falhas, comprometendo a sua resistência.

Pesquisadores da Faculdade de Engenharia Civil da UFPA estudam técnicas e adictivos, como o cloreto de cálcio, que permitam esta união tornar-se duradoura.“Recolhemos serragens obtidas na transformação de diversas espécies vegetais. Cada uma reagiu de forma diferente quando misturadas com cimento, sendo que o jatobá, a quaruba e, especialmente, o cedro tiveram o melhor desempenho. Porém, todas elas apresentaram potencial para serem utilizadas na produção de compósitos madeira-cimento”, explica Alcebíades Macedo.

in Beira do Rio - Jornal da Universidade Federal do Pará . Ano VI Nº 80, Fevereiro de 2010

Ford pretende utilizar madeira líquida na produção automóvel

O Centro Europeu de Investigação da Ford, em Aachen, na Alemanha, está a estudar o uso de madeira líquida na produção automóvel.

Como parte do seu comprometimento com vista à utilização de matérias-primas renováveis na produção de componentes para a indústria automóvel, o Centro Europeu de Investigação da Ford de Aachen, na Alemanha, encontra-se a trabalhar num processo inovador que visa utilizar um novo composto de madeira plástica (WPC – wood plastic compound), genericamente conhecido como madeira líquida.


A investigação relacionada com este novo material está inserida num projecto a três anos iniciado em Maio último e recorre a financiamento público, no âmbito do programa tecnológico e de inovação da região alemã do Reno Norte/Westphalia.

O processamento para obtenção de madeira líquida é derivado do que permite a extracção do composto da borracha. O composto de madeira e plástico previne a absorção de água e, como tal, aumenta a durabilidade deste material. O recurso a madeira não tratada e a resíduos desta substância torna a sua aplicação extremamente atractiva em termos de gestão ambiental.

Outra vantagem traduz-se no facto da tecnologia do seu processamento aumentar significativamente a estanquicidade dos processos de selagem das fibras de madeira, permitindo, por exemplo, o isolamento de odores desagradáveis. Por essa razão, a madeira líquida pode também ser usada na concepção de determinadas peças do interior dos veículos ou ainda no compartimento do motor.

Análises já realizadas demonstram que a madeira líquida tem uma excelente taxa de reciclagem dado que o material pode ser transformado até um máximo de cinco vezes. Por essa razão, o peso do CO2 inerente ao processo é quase neutro.

Até à data, a madeira líquida apenas tem sido utilizada na construção de painéis de isolamento exterior de casas, os quais não obrigam a processos de moldagem. Isto é importante dado que a viscosidade de um material condiciona o seu grau de moldagem.

O projecto tem como objectivo aumentar o volume de materiais de origem natural no desenvolvimento de novos modelos.

Bom Ano Novo

Para os primeiros anos em funcionamento, este jovem blog tem superado as espectativas, estandos perto de atingir 1500 visitas em apenas alguns meses.



A razão que me levou a criar este blog e o pôr a funcionar, é simples, divulgar. Temos consciência de que o material madeira apresenta muitas facetas e funcionalidades, muitas vezes mal utilizadas, devido ao desconhecimento das suas propriedades e capacidades. Devido à falta de informação sobre a área, Engenharia de Madeiras, este Blog pretende divulgar aspectos técnicos importantes e interessantes, relativamente ao material madeira, espécies de madeiras, derivados, propriedades de productos de acabamento e colagem, entre outros.

Perante esta razão, o blog conseguiu todas as semanas dar a conhecer algums aspectos técnicos sobre o material em questão

Prometo continuar, brindando o Ano que se avizinha com mais notícias, publicações e ambições.
Despeço-me por este Ano com apenas com o Desejo de Um Ano Melhor, com uma maior oportunidade de emprego e realização pessoal.

Praga do nemátodo beneficia indústria do papel e centrais de biomassa

A industria papeleira e as centrais de biomassa podem beneficiar do recuo do pinheiro-bravo, devastado pela praga do nemátodo e pelos incêndios florestais, destaca o Estudo das Serrações. “Com a libertação do terreno pelo abandono do pinhal, o eucalipto poderá ser o principal beneficiado e, logo, a indústria papeleira”, salienta o documento elaborado pela Associação dos Industriais de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP) em parceria com a Sociedade Portuguesa de Inovação. Os proprietários florestais e as indústrias a montante, como as serrações, aglomerados e mobiliário estão a ser penalizados com o alastramento da praga do nemátodo e admitem o eucalipto como espécie alternativa, acrescentam os autores do estudo.


Também as centrais de biomassa poderão beneficiar dos “efeitos devastadores” desta praga, obtendo matéria-prima em abundância, ao contrário do que acontecia antes quando a biomassa (madeira e desperdícios florestais) recolhida nas matas e florestas nacionais era exportada para países que ofereciam preços mais elevados. As indústrias energéticas de biomassa e de produção de pellets (granulados de madeira prensada para uso em lareiras) consomem 1,9 milhões de toneladas de madeira de pinho por ano, contra 1,750 milhões de toneladas das serrações. Estas áreas florestais têm também diminuído devido à ação dos incêndios. “Mais de 35.000 hectares de floresta arderam até Agosto de 2009, o que representa mais do dobro do total do ano anterior”, refere o estudo.

Apesar de tudo, o documento salienta que os silvicultores portugueses podem responder ao aumento da procura de pinho nos próximos 20 anos desde que sejam observadas determinadas condições, como a melhoria da gestão florestal e a introdução de espécies melhoradas. O estudo refere ainda “a vontade das entidades governamentais de apoiar a extensão e especialização da área florestal, passando da situação atual de 541.700 hectares de povoamentos puros e 245.700 hectares de povoamentos dominantes de pinheiro bravo para um cenário de 860.000 hectares de povoamentos puros em 2030”. O cluster florestal é responsável por cerca de 12 por cento do PIB industrial, 9 por cento do emprego industrial e 12 por cento do total das exportações.
Fonte: Publico Economia/Painel Florestal